quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ritmo de um relógio parado


Hemorragia de tristes memórias
Que não quer estancar,
O som infernal
Do que não se pode esquecer.
O cheiro do apartamento,
A paisagem na janela,
O frasco vazio:
Tudo respira o passado.
A vida que funciona
No ritmo de um relógio,
Há tempos,
Parado.
Mente infeliz
Que resguarda
O próprio pesadelo,
Que guarda lembranças
Que não se quer lembrar.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sobre o tédio [...]


Casa vazia
Chão limpo
Que brilha.
Luz do dia
Insistente
Grita do
Lado de fora.
Teto e
Paredes
Brancos
E só.
Já não
Me incomodo.
Acho graça
Do tédio
Dou razão
Pra solidão
Compreendo
O vazio
Me agrada
A reclusão.